Durante a Idade Média, a vida espiritual na Europa ocidental foi dominada pela Igreja Católica. Não se admitiam divergências contra esse monopólio da crença. Os rebeldes e dissidentes, considerados hereges, ou se calavam ou eram simplesmente eliminados. Muitos foram queimados vivos nas fogueiras que o Tribunal do Santo Ofício, ou Inquisição, acendeu por todo o continente.
Nessa época, o poder dos reis era praticamente o mesmo que o dos senhores feudais e o Estado moderno ainda estava por ser criado. Na falta de um poder político centralizador, vigorava o conceito de Cristandade, que designava o conjunto de países católicos em oposição ao mundo muçulmano e às regiões orientais não cristianizadas.
No Ocidente, ser cristão significava ser católico, obedecer às regras e aos princípios da Igreja de Roma. Essa unidade católica sofreria profundas transformações a partir de 1517, com a ‘’Reforma Protestante’’ iniciada por Martinho Lutero
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